Criada na década de 1970, a expressão ecologia profunda se refere ao conceito de que o meio ambiente não deve ser preservado apenas por causa da sua importância para o ser humano. Em outras palavras, o termo é uma espécie de ecofilosofia, que acredita na proteção do homem por meio da proteção do planeta.
Um movimento global, esse pensamento ambientalista se baseia na filosófica do norueguês Arne Naess, que elaborou seus estudos a partir de Gandhi e do filósofo holandês Spinoza. Ao contrário da ecologia rasa, que é centralizada no ser humano e coloca os recursos naturais da Terra sob o domínio do homem, a ecologia profunda defende o convívio em harmonia com a natureza e entende que os recursos naturais são limitados. O conceito também afirma que todos somos parte de um único sistema, inseridos nos processos da natureza. Neste sentido, entende-se que tudo o que se move na teia da vida, influencia diretamente na ação de outra pessoa e outro ser. Ou seja, é preciso respeitar e preservar cada elemento da nossa natureza para que a biosfera e todo o seu sistema seja mantido na mais perfeita ordem. Defensores dessa metodologia acreditam que é possível utilizar as ações humanas para ajudar o meio ambiente, como por meio de tecnologia associada à natureza, reciclagem, valorização e defesa das minorias. O conceito vem aparecendo mais fortemente em um momento em que há problemas ambientais cada vez mais visíveis, como o aquecimento global, a perda de áreas verdes, a crescente lista de animais em extinção, a perda de patrimônios naturais, aumento da poluição e a perda de equilíbrio sustentável. É por isso que a ecologia profunda desempenha um importante papel na sociedade: porque faz com que os seres humanos questionem seu comportamento e passem a olhar para um lado mais ético. Apesar das medidas convencionais de curto prazo para a preservação do meio ambiente, é a ecologia profunda que vem dando um sentido maior às estratégias convencionais, projetando e estimulando o surgimento de uma sociedade culturalmente solidária, cidadã e consciente ecologicamente. Para entender o funcionamento e o que é de fato ecologia profunda, observar os indígenas pode ser uma opção. O respeito com os recursos e com a natureza que sempre foi pregado por eles, é o que Arne Ness pregava.
0 Comments
O músico alemão Bartholomäus Traubeck criou um equipamento que traduz os anéis do tronco de uma árvore, em notas de piano, ao tocá-lo em uma plataforma giratória similar à de um toca-discos. O funcionamento, porém, difere e muito daquele de um toca-discos. Ao invés de uma simples agulha que lê sulcos de um disco, o equipamento possui sensores que juntam informações sobre a cor e a textura da madeira e então usa um algoritmo que traduz as variações em notas de um piano. Visto que cada árvore individual possui variações diferentes, o resultado é uma música individualizada para cada tronco. Traubeck gravou um álbum apropriadamente intitulado “Years” (em português, “Anos”), em que há músicas traduzidas de pinheiros, freixos, carvalhos, bordos, nogueiras, amieiros e faias. Anéis Os anéis no tronco de uma árvore ajudam a descobrir a sua idade, além de poderem indicar condições ambientais, níveis de chuva, doenças e até mesmo incêndios florestais que ocorreram. Anéis mais claros indicam um crescimento rápido, enquanto os mais escuros indicam exatamente o contrário. As fatias de uma árvore não são uniformes e cada uma delas conta uma história. Sons da Natureza Não é a primeira vez que um artista tem a ideia de conhecer a música oferecida pela natureza. Jim Wilson desacelerou o canto de grilos e o que ele encontrou é magnífico (e pode ser conferido aqui). Confira a música que Traubeck encontrou.
|
Aproveite nossos textos e conheça mais sobre nosso planeta.
Arquivos
Julho 2021
Categorias
Tudo
|